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Acender o palito de fósforo e apagar, é tão rápido quanto...


 o Ciclo de Vida dos Produtos (CVP) de tecnologia





Quando você trabalha com desenvolvimento de software, você tem o hábito de falar sempre em ciclo de vida ou modelos de ciclo de vida de desenvolvimento de software, entre eles temos os modelos em cascata, espiral e combinações mais modernas e requentadas disso tudo.

Mas hoje o ciclo de vida é outro, é aquele utilizado no marketing, uma visão mais fora da caixa e direcionada a alta gestão, exatamente porque esta ferramenta é usada para auxiliar na tomada de decisão. O ciclo de vida de um produto visa a olhar além das fronteiras da empresa, não se preocupando, necessariamente, com as competências da empresa.

Quando você gerencia diversos sistemas, esse é um dos indicadores que precisam ser observados, eles não são exatos mas ajudam a traçar uma estratégia. Imaginem que a mudança de CEO ou CIO, no cliente, tem impacto direto no ciclo de vida do produto.

Como todo ciclo de vida, ele tem fases, elas são comparadas ao modelo biológico (minha irmã é bióloga e empresta esse conceito para a gestão, obrigado), onde temos:

  • Introdução - Fase que contempla o lançamento do produto, o início das vendas e principalmente a validação por pequenos grupos de clientes.
  • Crescimento - Nessa fase o produto está estável e pode ganhar seu desenvolvimento em escala, além de gerar confiança do mercado e concorrentes.
  • Maturidade - É visível no gráfico o ponto máximo de vendas alcançado pelo produto, sendo necessário novas features e a diferenciação. Nessa fase os preços começam a ser discutidos de forma agressiva, principalmente porque o número de concorrentes está estável e em busca do seu mercado.
  • Declínio - Nessa fase o interesse pelo produto vai diminuindo, a mudança na economia ou até mesmo no contratante geram esse declínio. Nesse caso o produto pode estar sendo substituído por outro, pode estar sendo subutilizado e gerando uma sensação de inutilidade para ele e para a sua comunidade de usuários. 

Para evitar que determinado sistema entre em declínio precoce, é preciso fazer a gestão eficiente dessa variável. Quando analisamos o ciclo de vida de cada produto precisamos evitar a panela comum, que é aquela onde olhamos todos os produtos da mesma maneira, temos que estudar os produtos de forma diferente, cada um com sua tecnologia, propósitos e usuários.

Combinado com a matriz BCG podemos ter a tarefa facilitada, pois temos um casamento de ferramentas para gerenciar e avaliar cada produto encaixados eu seu ciclo.

É interessante analisar o ciclo de produtos específicos. como o palito de fósforo era usado só para acender o fogão na cozinha ou iluminar o ambiente. Hoje ele faz isso e muito mais, desde marcar o cartão resposta de provas de vestibular, quando era necessário furar o cartão resposta, até para fazer obras de arte como a do artista croata Tomislav Horvat que usou 117 mil palitos em uma escultura.




Fontes:
http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2013/09/artista-croata-faz-escultura-de-al-pacino-com-palitos-de-fosforo.html
http://ramonkayo.com/conceitos-e-metodos/o-que-e-o-ciclo-de-vida-do-produto-cvp
http://www.taskblog.com.br/05/evolucao-tecnologica-quando-um-produto-fica-obsoleto-2/
http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_24.html

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