Além de Leonardo Da Vinci ser cientista, matemático, engenheiro, foi inventor e fez belas esculturas, um processo antigo e bastante conhecido que retira material para dar a forma em sua obra. Por muito tempo repetimos a mesma técnica e assim a industria seguiu assim por muito tempo, agora chegamos a um processo diferente, hoje nas impressoras 3D o material é depositado em camadas para a criação de qualquer objeto. Assim depois de 2000 anos vamos seguir construindo objetos de uma forma um pouco diferente do que a indústria costuma fazer a anos.
As vantagens passam pela mudança de todos os aspectos de fabricação, do protótipo aos objetos impressos em escala industrial, a grande sacada está em simular objetos digitalmente, os designers de produto podem iniciar com arquivos digitais e trabalhar no produto exaustivamente e com pouco impacto sobre o custo de produção, também vamos incluir na conta a eficiência energética e de materiais além do número reduzido de cavacos ou sobras oriundas do processo.
Contudo, esse trabalho de mudança na mentalidade da indústria não acontece sozinho, uma rede com cerca de 20 universidades técnicas, seus talentos e diversas empresas associadas são o alicerce desse trabalho. Em Cameri na Italia, está a Avio Aero uma das muitas aquisições estratégicas da GE Aviation desde 2013, sendo esse investimento focado no ramo da fabricação de máquinas ou plantas completas no setor da manufatura aditiva e acabamento.
Podemos fazer uma revisão rápida da história e voltar no tempo para 1980 quando startups e acadêmicos da Universidade do Texas Austin inventaram máquinas que poderiam construir modelos em 3D a partir de projetos digitais partindo de U$ 175k, nas mãos de inventores e engenheiros criativos as impressoras ganharam as ruas. Podemos observar que andamos até agora por dois caminhos:
O primeiro caminho e mais acessível está nos dispositivos para amadores e aspirantes a empresário onde criamos objetos básicos de até U$ 2k. Nesse contexto recomendo que assistam o documentário Print The Legend do NETFLIX que mostra a vanguarda neste tipo de fabricação, assim nós teremos a certeza de que as impressoras 3D estão para a industria de transformação assim como a internet está para a forma como usamos a informação e fazemos compras.
O segundo grande caminho e mais caro está nos grandes fabricantes de equipamentos, com plantas instaladas para produzir desde peças para aeronaves e até dispositivos biomédicos de U$ 30k a U$ 1 milhão. No campo dos materiais eles podem trabalhar com polímeros, metais, materiais diversos em estado liquido ou em pó. É bem claro o trabalho de potencial substituto para a fundição, moldagem e usinagem.
Contudo, como diz o poeta nem tudo são vantagens (flores), assim como toda tecnologia que caminha para o aperfeiçoamento, temos ainda a lentidão na fabricação com processos aditivos, qualidade inconsistente em função do nível de detalhes, complexidade dos produtos e materiais além de diversos itens impressos que precisam ser agregados sem danificar ou derreter o produto, citamos a parte eletrônica.
Mesmo assim com todas as dificuldades em mudar a forma de pensar da industria, cabe agradecer ao brilhante Leonardo DaVinci por mostrar que realmente a ciência e a arte são quase indissociáveis.
- WM Keck do Center for 3D inovation, El Paso
- Oak Ridge, Universidade do Texas
- Wholers Associates, Fort Collins, Colorado
- Center for Innovative Materials Processing through Direct Digital Deposition, Pennsylvania State University
- ASTM International
- https://gereportsbrasil.com.br/como-a-impress%C3%A3o-3d-e-as-tecnologias-digitais-est%C3%A3o-mudando-a-cara-da-ind%C3%BAstria-c13e9bb322ac
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