Percebemos que a forma de produzir mudou e com ela o perfil do profissional para os novos desafios da industria 4.0, uma revolução concentrada na informação e aplicada de forma intensiva aos meios de produção. Nesse contexto a pergunta sobre o papel das economias em desenvolvimento nessa dinâmica é uma obrigação de todos, principalmente quando vivemos em uma região em que o principal modelo econômico do estado gira em torno do polo industrial de Manaus.
Vamos lembrar como aconteceu a revolução técnica do passado, aquela em que a produção estava concentrada na dimensão energética, lembramos que essa revolução começa na hidráulica, depois o desenvolvimento do motor a vapor, a combustão, e hoje o que vivemos é revolução tecnológica impulsionada principalmente pela informação.
Portanto, essa mudança está no seu bolso agora, no seu smartphone, se você tentar vender ele no peso não chega a valer $20,00, assim vamos chegar a conclusão de que da balança até o produto final, um IphoneX ou um avião da Embraer não vale exatamente o quanto pesa, ele vale muito mais, pois o peso no produto final chega a valer milhares de dólares, a explicação é de que a maior parte do valor está concentrada no conteúdo de informações que está no produto.
Essa mesma informação aponta para os novos meios de subsistência, as oportunidades de emprego e os postos de trabalho que não vão retornar como você imagina, porque o perfil do profissional mudou e os postos avançaram mudaram as competências necessárias, nesse contexto países desenvolvidos estão aproveitando melhor a oportunidade dessa nova revolução, gerando know-how com pesquisas, máquinas e novos materiais. Para exemplificar ano passado 2017 conheci em programas como ME310 do MIT, incorporado pelas Design Factorys no mundo, como eles constroem e compartilham ferramentas de alta tecnologia para manipular a matéria prima de forma inteligente.
Portanto cabe aos países em desenvolvimento e cidades que vivem da industria, aplicar boa parte desse conhecimento na produção colaborativa para incorporar parte desse conhecimento construído pelos países desenvolvidos e produzindo de forma criativa, com menos energia, menos material, conhecimento aplicado e informações estratégicas sobre as nossas potencialidades, tudo isso para que tenhamos nosso espaço e possamos ajudar a criar um mundo conectado, colaborativo e igualzinho o mundo que desejamos que seja entregue aos nossos filhos, totalmente sob encomenda.
Fonte: SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL. São Paulo: jun, 2013
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